Ir ao dentista, nem sempre é uma tarefa fácil, principalmente, para quem não se sente confortável e até tem medo de lá pôr os pés. Por essa mesma razão, April Kline, de Minneapolis, decidiu começar a levar Ollie, de quatro anos, para a clínica J & D Dental. A dentista acredita que a presença do seu patudo acaba por ajudar os seus pacientes a lidarem com a ansiedade e o patudo recebe uma dose grande de mimos.
Uma das suas pacientes Debbie Zaiger partilhou a sua experiência, sendo uma paciente que adia o máximo que consegue ir ao dentista. Debbie explica que, “O meu nível de ansiedade no dentista é tão elevado que preciso de óxido nitroso só para fazer uma limpeza aos dentes”. No entanto, na última consulta que teve, contou com uma ajuda valiosa. Tratou-se de um goldendoodle inglês de 36 quilos, que saltou-lhe para o colo e deitou-se sobre as suas pernas. Com a presença do patudo Debbie conseguiu relaxar e não necessitou do óxido nitroso, ao contrário das outras vezes.
A paciente relata, “Enquanto os meus dentes estavam a ser limpos, eu estava a fazer festinhas ao Ollie e a massajar-lhe a cabeça e as orelhas. Ele adormeceu em cima de mim. É um óptimo cão e estava mesmo a acalmar-me. Estou surpreendida com o quanto me ajudou.”.
Há estudos que demonstraram que acariciar cães pode relaxar as pessoas e reduzir o stress, e que os animais também beneficiam da interação. Segundo o centro académico Cleveland Clinic, cerca de 36% dos americanos sofre de dentofobia (medo de ir ao dentista), e para 12% a fobia é extrema. April está familiarizada com o este tipo de ansiedade.
Conheceu Ollie no pico da pandemia. Decidiu treinar Ollie para responder às ordens básicas. Quando voltou para o consultório, o marido e as filhas decidiram fazer-lhe uma visita com o patudo. O seu marido, um paciente mais nervoso, acabou por relaxar bastante na cadeira com a presença do patudo, que acabou por adormecer no seu colo e não se importar com o barulho dos instrumentos. Daí surgiu a ideia.
A dentista Jennifer Herbert, proprietária do consultório, achou uma óptima ideia e concordou que Ollie poderia dar apoio emocional aos clientes que o desejassem desde que os restantes que tivessem consultas no mesmo dia não se importassem de ter o animal no consultório.
O patudo marca presença no consultório para já, cerca de três dias por mês e é recompensado com guloseimas e mimos.
Segundo, o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos EUA, não existem provas sobre os animais representarem um risco mais significativo de transmissão de infecções do que as pessoas neste tipo de ambientes. Acresentam ainda que pacientes com melhores amigos patudos, acabam por recuperar de procedimentos médicos mais rápido, dos que não têm.