Um grupo de cães arqueólogos foi utilizado por voluntários apaixonados por história para os ajudar a encontrar ossos com milhares de anos, na Alemanha. Os patudos conseguem farejar até 14 metros de profundidade e isso resulta numa taxa de assertividade dos “arque-cães” é de 90%, sendo uma ajuda muito valiosa nestes casos de estudo.
Estes patudos necessitam dois anos de treino para se tornarem ‘arqueólogos’. O seu treino ajuda os arqueólogos a desenterrar ossos com 3000 anos. Nestes casos, os cães são levados para os locais de escavações onde um primeiro cão é utilizado para explorar uma área limitada, como quiser. Este procura como acha melhor, e estas buscas são importantes. O cão pode não mostrar qualquer tipo de reação ou pode encontrar pontos em que reage imediatamente a ladrar. Num segundo momento, é levado um segundo cão para verificar se este tem a mesma reação que o anterior.
Brigit Anzeberger, arqueóloga, afirma “Trabalhamos com ‘arqueocães’ quando queremos esclarecer se foram enterrados ossos numa determinada área. Temos aqui duas ou três áreas onde acreditamos ser o caso, e por isso, deixamos os ‘arqueocães’ verem e farejarem para comprovar se de facto há ali alguma coisa. Também podemos abrir um buraco no local para ficar a saber, mas é sempre bom saber com antecedência o que podemos esperar.”.
Apesar de parecer simples, Dietmar Kroepel, fundador da Archeo-Dogs, afirma “Uma busca de dez minutos para o cão, especialmente em tempo quente, com as escavações a decorrerem normalmente no verão, equivale a meia-maratona para os humanos. É muito cansativo. Penso que se trata de uma tarefa significativa para o cão porque o cão está ocupado, claro, mas satisfeito e feliz. Mas toda a gente que está aqui deve também, de alguma forma, ser um pouco louco por História e por Arqueologia. Nem todos somos arqueólogos a maior parte são académicos, mas todos temos um fraquinho por cultura antiga. E todos querem, enquanto voluntários e arqueólogos fazer a descoberta, todos querem que o seu cão faça a descoberta.”