No dia 13 de julho, assinala-se o Dia Mundial do Sarcoma, uma ocasião importante para aumentar a conscientização sobre um tipo de cancro que afeta os tecidos conjuntivos, como ossos, cartilagens, músculos e gorduras.
Os sarcomas são responsáveis por aproximadamente 15% de todos os tumores malignos diagnosticados em cães, enquanto em gatos essa incidência é menor, cerca de 7%. Essa diferença pode ser atribuída a fatores genéticos e ambientais específicos de cada espécie, conforme explica o Dr. Hugo Gregório, médico veterinário oncologista do AniCura CHV Porto Hospital Veterinário.
Entre os cães, o osteossarcoma é um dos tipos mais comuns de sarcoma, afetando frequentemente raças grandes como Cão de São Bernardo, Dogue Alemão e Golden Retriever. Esta forma de cancro ósseo é mais prevalente em cães de média idade a geriátricos e pode requerer intervenções cirúrgicas complexas, aliadas a tratamentos complementares como radioterapia e quimioterapia.
Outro sarcoma significativo é o Hemangiossarcoma (HSA), que se desenvolve a partir das células que revestem os vasos sanguíneos. Este tumor altamente maligno é comumente encontrado no baço, fígado, coração e pele de cães, sendo mais frequente em raças como Boxer, Cão de Pastor Alemão e Golden Retriever. A sua natureza metastática, especialmente para os pulmões, destaca a importância do diagnóstico precoce e do tratamento imediato.
A detecção precoce do cancro é crucial para o sucesso do tratamento. Os cuidadores devem estar atentos a sintomas como inchaços persistentes, claudicação, perda de peso inexplicável e mudanças no comportamento do animal. Qualquer alteração suspeita deve ser avaliada por um médico veterinário, que realizará exames físicos e, se necessário, biópsias para confirmar o diagnóstico.
O tratamento deste cancro em animais pode envolver uma combinação de cirurgia, radioterapia e quimioterapia, dependendo da localização e estágio do tumor. O objetivo é não só controlar a doença, mas também preservar a qualidade de vida do animal.
“Felizmente, uma significativa porcentagem de animais com sarcomas responde bem ao tratamento quando diagnosticados precocemente”, destaca o Dr. Hugo Gregório. Com avanços tecnológicos e conhecimentos especializados disponíveis em hospitais veterinários, os veterinários estão preparados para oferecer opções terapêuticas que podem aumentar as taxas de sobrevivência e melhorar o bem-estar dos pacientes.