Uma consulta normal em que um Labrador tinha dado um encontrão no peito de Angie Shaw (coisa que por vezes acontece aos enfermeiros veterinários), transformou-se numa grande mudança na sua vida.
A britânica, enfermeira há 11 anos e que atualmente desempenha funções na clínica Beechwood Vets, em Leeds, apercebeu-se de um pequeno inchaço quando foi ao médico.
Porém, este inchaço veio a revelar-se bastante diferente dos restantes que já tinha tido como resultado da sua profissão. A durabilidade do problema e o aumento das dores por ele provocadas levou-a a fazer exames e, quando recebeu o resultado destes, o seu mundo desabou.
Angie Shaw tinha um tumor em estadio III a crescer-lhe na mama: “Achava que era um quisto. Quando me disseram que tinha que ser operada, passar pela quimioterapia e depois radioterapia, o meu mundo caiu”, confessou a enfermeira veterinária.
Apesar de “o inchaço inicial ter sido uma coincidência, e de não ter nada a ver com o cancro, se o cão não me tivesse dado um encontrão, o tumor não tinha aparecido durante nove ou dez meses”, devido ao local onde se encontrava.
Nessa altura, Angie já não conseguiria receber um tratamento que assegurasse a sua sobrevivência, visto que o tumor ter-se-ia propagado para outras partes do corpo, conforme disseram os seus médicos.
Felizmente, a enfermeira conseguiu ser operada apenas 13 dias depois do seu diagnóstico. Aí, o seu tumor já tinha crescido mais dois milímetros desde a sua descoberta. Agora, restam-lhe seis rondas de quimioterapia, que podem durar até 18 semanas, para poder dizer que está a vencer a luta contra o cancro.
Angie tem apenas a agradecer ao Labrador que lhe detetou a doença: “Teria sido tarde demais. O cão salvou-me a vida”. Se o animal agiu daquela forma por instinto ou por revolta contra os cuidados médicos que estava a receber, Angie não sabe. Mas é-lhe eternamente grata pelo que fez por ela.
Foto: SWNS