O número de pets que vivem em família têm aumentado nos últimos anos consideravelmente, desde a pandemia. O isolamento das quarentenas e a necessidade, para muitos, de uma companhia para passear, levou a que o número de adoções aumentasse.
A maioria do número de pets que vivem em família registados são cães, de 4.19 milhões, 3 milhões correspondem a cães. Este número representa o número de animais registados nos últimos 32 anos, contando que muitos já morreram, uma vez que muitos tutores não “dão baixa” dos seus pets no sistema.
A SIAC, Sistema de Informações de Animais de Companhia, explicou à Pit, que os 4.19 milhões de animais registados referem-se ao “total de animais que já foram registados em Portugal (sem distinguir os que se encontram vivos dos que já morreram), não só desde a criação do SIAC a 25 de outubro 2019 mas desde que há registo – ou seja, animais que se encontravam também registados nas bases de dados já existentes, como o SIRA e o SICAFE”.
Este número de pets que vivem em família encontra-se, no entanto, longe da realidade, uma vez, que este representa apenas os animais com ‘tudo em dia’. Existem tutores que se sujeitam a multas e não tratam do microchip ou do registo.
O bastonário da Ordem dos Médicos Veterinários (OMV), Pedro Fabrica, em declarações ao “Jornal de Notícias” sublinhou que o número de identificações fica “aquém de uma desejável taxa de cobertura de 95%”.
Por outro lado, Laurentina Pedroso, provedora do Animal, apesar do longo caminho que ainda há a percorrer, acredita que os donos estão mais consciencializados e “incentivados pelas vantagens no bem-estar animal”.
As autoridades competentes, recorde-se, podem a qualquer momento proceder à fiscalização da identificação eletrónica dos nossos animais – e, se houver incumprimento, cada município aplica as devidas multas.