Todos conhecemos a importância — e obrigatoriedade— do microchip, que funciona como um cartão de cidadão para os animais. É através dele que os cães, gatos e furões são identificados no nosso país e além-fronteiras.
Porém, existe quem ache o procedimento “invasivo” e perigoso para os pets, em especial quando não é feito com o devido cuidado. Assim, a Petnow, uma empresa sul-coreana, desenvolveu uma aplicação que pode vir a ser a sua substituição.
Esta permite identificar os cães e gatos através das suas “impressões nasais”, sendo o focinho usado como a biometria dos animais. A ferramenta foi apresentada durante o Mobile World Congress, em Barcelona, no início de março e uma versão teste já está disponível para smartphones em Espanha, França, Alemanha e Reino Unido.
“Como os humanos têm impressões digitais, cada cão e gato tem a sua própria impressão nasal. Por isso, usamos isso como uma identificação para um animal de estimação. O nosso objetivo final é substituir o microchip porque é um método que pode ser muito invasivo para os animais”, afirmou Johnny Lee, da Petnow, à Reuters.
O responsável explicou que, assim como os humanos, os animais têm impressões digitais que não alteram com o tempo. De acordo com a empresa, a nova tecnologia, criada em parceria com o iSciLab, um laboratório especializado em inteligência artificial (IA), tem 98,97% de precisão.
A app também facilita o contacto com pessoas que encontraram animais perdidos. Basta apontar o telemóvel ao focinho que o tutor receberá uma notificação.
Para a utilizar, os tutores têm de registar o padrão do focinho e as informações gerais do animal, como o nome, género, idade, raça, entre outros, numa app chamada “Anipuppy”. Em seguida, estas irão aparecer sempre que o cão ou gato for scaneado.
Através da IA, a aplicação analisa o focinho e tira automaticamente entre cinco a 20 fotografias de alta qualidade, enviando-as para o servidor geral de forma a reconhecer a informação biométrica do animal.
A Petnow tem como objetivo que o projeto esteja concluído até 2024 e quer cobrar 14€ por animal. No futuro, também pretende que a tecnologia seja utilizada para identificar outros animais como vacas e veados.