Segunda-feira, Março 17, 2025
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    Estudo revela que eutanásia veterinária estão ligadas a má comunicação

    Um estudo inovador conduzido na Suécia trouxe à tona uma questão sensível na prática veterinária: a maioria das reclamações feitas por tutores de animais de companhia após a eutanásia veterinária não resulta de falhas técnicas ou erros profissionais, mas sim de problemas na comunicação.

    De acordo com o relatório intitulado Complaints to the veterinary disciplinary board related to the euthanasia of animals, apenas 5% das reclamações registadas entre 2018 e 2022 tiveram fundamento. O estudo, realizado pelo Veterinary Disciplinary Board (VDB), analisou 47 denúncias e destacou a necessidade de melhorar as competências comunicativas no setor veterinário para evitar conflitos desnecessários e reduzir o stress dos profissionais.

    Entre os principais motivos de reclamação apontados pelos tutores estavam questões como o maneio inadequado do animal durante o procedimento. Contudo, uma análise mais aprofundada revelou que a maioria dos conflitos estava enraizada em falhas de comunicação, seja por explicações insuficientes, tom inadequado ou pela falta de preparação emocional dos tutores para o processo.

    Os dados mostram que, das queixas analisadas: 55% envolveram cães; 38% envolveram gatos; 4% cavalos; e apenas 1 caso estava relacionado com um hamster.

    Embora os médicos veterinários seguissem os protocolos técnicos e éticos corretos, o impacto emocional e psicológico do momento fazia com que pequenos mal-entendidos ganhassem proporções maiores.

    Das 47 reclamações registadas, apenas duas resultaram em sanções disciplinares. Isso reforça que os veterinários, em geral, agem de acordo com as melhores práticas do setor e colocam o bem-estar animal em primeiro lugar.

    Mesmo sendo raras as situações em que as reclamações são justificadas, os profissionais envolvidos relataram elevados níveis de stress como consequência direta dos conflitos. Esta situação demonstra a importância de um bom relacionamento interpessoal e de habilidades comunicativas para lidar com tutores em momentos de elevado desgaste emocional.

    A eutanásia veterinária é, para muitos tutores, uma das decisões mais difíceis de tomar. Nesse contexto, o papel do veterinário vai além do técnico, envolvendo também a capacidade de ouvir, informar com clareza e oferecer conforto.

    Os resultados deste estudo deixam um alerta importante para a comunidade veterinária: investir em formação em comunicação interpessoal é essencial, não apenas para melhorar a experiência dos tutores, mas também para proteger o bem-estar emocional dos profissionais.

    Estudo revela que eutanásia veterinária estão ligadas a má comunicação
    Fonte: Veterinária Atual

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