Quinta-feira, Outubro 10, 2024
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    Em caso de incêndio não deixe o seu patudo para trás

    Numa época em que o norte do país, infelizmente, vive rodeado de incêndios, a proteção de pessoas e propriedades é, naturalmente, a principal prioridade. No entanto, não devemos esquecer dos nossos companheiros de quatro patas e outros animais. Os incêndios são devastadores para todos os seres vivos, e saber como agir para proteger os animais pode fazer a diferença entre a vida e a morte.

    1. Não Deixe os Animais Sozinhos

    A primeira regra é simples, mas crucial: nunca deixe os animais sozinhos, especialmente durante um incêndio. Cães, gatos ou qualquer outro animal de companhia não devem estar presos a correntes ou trelas. Durante uma emergência, estar preso pode ser fatal, pois impede que o animal fuja do perigo. Além disso, não é aconselhável deixá-los dentro de casa sem supervisão, pois o fogo pode espalhar-se rapidamente, tornando o resgate impossível.

    2. Mantenha os Animais Hidratados

    Assim como os humanos, os animais também precisam estar bem hidratados durante um incêndio. Certifique-se de que têm acesso a água fresca e, se possível, molhe toalhas e coloque-as nas áreas do corpo com menos pêlo, como as orelhas, barriga e virilhas, para ajudar a refrescar os animais. Manter a calma também é essencial para não aumentar o stress do seu pet.

    3. Prepare-se para a Evacuação

    Se precisar de abandonar a sua casa devido à proximidade do fogo, leve os animais consigo. Use transportadoras para gatos ou cães de pequeno porte e utilize trelas e peitorais para os cães de maior porte. Caso tenha animais de gado, soltá-los para que possam fugir é, muitas vezes, a melhor opção.

    Se não for possível levar o animal, é preferível soltá-lo para que tenha a oportunidade de se afastar do perigo. Escreva o seu nome e contacto no animal para facilitar o reencontro posterior. O microchip, obrigatório em Portugal para cães, gatos e furões, pode ser um elemento crucial para localizar o animal após a emergência.

    4. Contacte as Autoridades

    Se não conseguir resgatar o animal ou avistar outros em perigo, deve contactar as autoridades imediatamente. Ligue para o 112, a GNR ou a Proteção Civil para relatar a situação. A GNR também dispõe de uma linha específica, o SEPNA (808 200 520), que se foca na deteção de incêndios e na proteção de animais.

    Além disso, pode contactar o Programa de Defesa Animal da PSP (217 654 242) para relatar casos de animais em perigo. Associações de proteção animal também podem oferecer ajuda valiosa, dependendo da sua localização.

    5. Se o Animal Estiver Ferido

    Se o seu animal, ou algum que encontre, estiver ferido, é importante agir com cautela. Mesmo os animais mais dóceis podem morder por medo ou dor. Utilize uma toalha ou um pano para manuseá-los com segurança. A seguir, leve-o imediatamente a uma clínica ou hospital veterinário.

    Evite medicar ou aplicar qualquer substância sem indicação de um veterinário, pois isso pode agravar a situação. Durante o transporte, mantenha o ambiente fresco, abrindo as janelas do carro ou ligando o ar condicionado, e dê água ao animal para evitar desidratação.

    Os incêndios são momentos de grande tensão e perigo, mas com preparação e conhecimento, é possível salvar vidas, incluindo as dos nossos animais. Não os deixe para trás e siga os passos corretos para garantir que os seus companheiros estão em segurança.

    Em caso de incêndio não deixe o seu patudo para trás
    Fonte: Público

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