A Coreia do Sul quer proibir o consumo de cães, ainda este ano. Segundo o líder do Partido do Poder Popular, ‘É hora de pôr fim aos conflitos sociais e as controvérsias em torno do consumo de carne de cão através de uma lei especial para acabar com isso”. O partido, que está atualmente a chefiar o governo, conta ainda com o apoio bipartidário para esta reforma.
Yu Eui-dong, afirma que ainda este ano será apresentado um projeto-lei, com autoridades estatais e ativistas ambientais, para impor a proibição. Segundo a agência Reuters, o hábito de ingerir canídeos tem vindo a diminuir ao longo dos anos no país, contribuindo para isso, a particular oposição a este costume a população mais jovem.
Chung Hwang-keun, Ministro da Agricultura, adiantou que a proibição será implementada rapidamente e que fornecerá o máximo de apoio possível para que os intervenientes na indústria da carne de cão fechem os seus negócios.
A primeira-dama, Kim Keon Hee, tem criticado o consumo e chegou a adotar cães vadios com o seu marido, o presidente, Yoon Suk Yeol.
Infelizmente, esta não é a primeira tentativa, no passado, a legislação contra o consumo da carne não foi levado avante, após protestos das pessoas envolvidas na indústria e à preocupação com a subsistência de agricultores e proprietários de restaurantes. Segundo autoridades governamentais, esta proibição carecerá de um período de carência de três anos e apoio financeiro para as empresas que saírem do comércio.
A prática antiga, é sustentada num mito que defende que ao alimentarem-se desta proteína animal, as pessoas têm maior capacidade de aguentar o tempo quente e muito húmido do verão.
Atualmente ainda existem cerca de 1150 quintas de criação, 34 matadouros, 219 empresas de distribuição e 1600 restaurantes que servem cães. Contudo, uma sondagem da Gallup, do ano passado, revela que 64% da população se opõe ao consumo de carne de cão.