As lutas de cães, apesar de serem ilegais em grande parte do mundo, continuam a acontecer com muita frequência. Uns morrem (e são aos milhares anualmente), outros sobrevivem, ficando ao abandono e a viver miseravelmente.
Nos Estados Unidos, o caso de Haddie é ainda mais grave: a cadela era usada como isco para treinar o instinto de luta dos cães lutadores. Esta prática faz com que os animais sejam submetidos a repetitivos abusos e ataques à medida que os cães de luta aprendem a ser agressivos.
Apesar de, na maioria dos casos, não sobreviverem aos graves ferimentos, com Haddie, a história foi outra, tendo o seu calvário terminado em 2020, devido a uma denúncia feita por uma senhora de nome Williams, que fez com que o espaço em que ocorriam lutas de cães fosse interditado pela polícia.
Depois, a cadela foi transportada para a Mutt Scouts, uma associação de resgate animal na Califórnia, onde começou os primeiros tratamentos.
Haddie, que tinha entre dois e três anos quando foi resgatada, foi submetida a diversas cirurgias até que, em agosto desse ano, estava finalmente pronta para encontrar um lar. Nessa altura, Williams procurava adotar um cão semelhante a Elly, o seu companheiro de quatro patas que havia morrido.
“Eu continuei a ver a foto de Haddie na página de adoção e não consegui tirá-la da minha cabeça. Ela claramente havia passado por tanta coisa, mas parecia tão feliz. Sabia que tinha que pelo menos me candidatar para poder seguir em frente. Depois da associação me chamar para uma entrevista, vi que foi uma combinação perfeita”, partilha.
No Instagram, foi criada uma página de homenagem à cadela que já ultrapassou os 100 mil seguidores. Atualmente, Haddie é saudável e feliz ao lado da sua nova dona.
Foto: Instagram haddiethepiratedog