Com as chuvas intensas que têm marcado o país nas últimas semanas, multiplicam-se as poças e zonas de águas paradas — um cenário comum no outono e inverno portugueses, mas que traz riscos sérios para os animais de estimação, especialmente para os cães.
Embora para eles “água seja sempre água”, permitir que bebam destas fontes improvisadas pode representar um perigo real.
Porque é que as águas paradas são tão perigosas para os cães?
As águas acumuladas no solo, passeios ou jardins parecem inofensivas, mas são um ambiente perfeito para a proliferação de bactérias, parasitas e outros microrganismos perigosos.
A Provedoria dos Animais de Lisboa alerta que a ingestão destas águas pode expor os cães a agentes patogénicos presentes no ambiente.
Entre os riscos mais comuns encontram-se:
- Bactérias nocivas, como leptospira (transmissora da leptospirose)
- Parasitas gastrointestinais
- Vírus e fungos que prosperam em águas sujas
- Substâncias tóxicas provenientes de solos contaminados ou resíduos urbanos
O problema agrava-se quando os cães, movidos pela curiosidade ou sede, bebem diretamente destas poças sem qualquer noção do perigo.
Como prevenir? Cuidados simples que fazem toda a diferença
A prevenção é simples e deve fazer parte da rotina de qualquer tutor responsável, sobretudo em períodos de chuva.
1. Leve sempre água consigo durante os passeios
Transportar uma garrafa de água e uma pequena dobra para o animal beber elimina a tentação de recorrer às águas paradas.
2. Evite zonas onde se formam frequentemente poças
Procure caminhos limpos e secos sempre que possível.
3. Esteja atento ao comportamento do seu cão
Os cães tentam beber rapidamente quando têm sede. Antecipe esse impulso mantendo o animal hidratado.
4. Reforce a vacinação recomendada pelo veterinário
Algumas doenças transmitidas por águas contaminadas, como a leptospirose, podem ser prevenidas através de vacinação adequada.
E se o seu cão ingerir água parada?
Em caso de acidente ou dúvida, o mais importante é não esperar pelos sintomas.
Contacte de imediato um veterinário. Quanto mais cedo for feita a avaliação, maior a probabilidade de evitar complicações sérias.
Sinais de alerta que justificam atenção urgente:
- Vómitos ou diarreia
- Falta de apetite
- Letargia
- Febre
- Aumento da sede ou da frequência urinária
Proteja o seu cão: pequenas ações, grandes resultados
Num país onde as chuvas intensas são frequentes, garantir a segurança dos animais durante os passeios é essencial.
Com simples cuidados de prevenção e atenção redobrada, consegue evitar riscos e manter o seu companheiro de quatro patas saudável e protegido.
Evite águas paradas — a segurança do seu cão depende disso.



