Quinta-feira, Outubro 10, 2024
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    Carlos fotografa animais à espera de nova família

    Carlos Filipe fotografa animais à espera de nova família há seis anos, aumentando a probabilidade destes patudos conquistarem corações e serem adotados.

    Tudo começou quando Boris lhe apareceu à porta. O patudo tinha apenas dois meses, e Carlos encontrou-o com uma corda à volta do pescoço e com medo dos humanos. O fotógrafo decidiu levá-lo para casa e tirou-lhe fotos. Desde esse momento nunca mais parou de capturar o que ele chama de ‘amigos imperfeitos’. Animais que foram abandonados por serem velhos, terem problemas de saúde ou porque os donos simplesmente fartaram-se deles.

    O antigo professor do ensino básico, atua sobre as zonas de Alentejo, Marinha Grande e Algarve, zona onde reside. Uma vez por mês desloca-se às associações e canis para fotografar centenas de animais. Utiliza o seu estúdio para fotografar outros tantos patudos e recorre ao seu instagram para contar um pouco sobre a história por trás dos modelos das fotos. Como é o caso da Lyra, que foi abandonada pela sua dona apôs ter sido atropelada e ter ficado sem uma patada, ou de Leão, que acorrentaram-no durante dez anos e deitaram-lhe ácido para o focinho. O patudo acabou por falecer um dia após ter sido fotografado.

    Já foram perto de três mil animais que Carlos captou pela sua lente, e conseguiu que mil fossem adoptados. Boris é o seu assistente. Deita-se ao lado dos animais para os acalmar, depois afasta-se e Carlos recorre a sons, brinquedos e comida para capturar os melhores momentos dos patudos. As reações diferem sempre, uns ficam sérios e outros parece que gostam da ideia. Quando são cegos e surdos, algo que acontece com frequência, a confiança nasce com o toque e o cheiro.

    Além de fotografar e contar histórias na sua rede social, Carlos desloca-se a escolas primárias com Boris e Lyra, que conseguiu encontrar uma outra dona, para sensibilizar os pequenos para a importância de respeitar os animais. Boris ainda não confia por completo nos humanos, mas Carlos já sabe como lidar com ele e partilha, “Só lhe mexo se ele estiver para aí virado. É um oportunista.”.

    Carlos fotografa animais à espera de nova família
    Fonte: Publico

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