O rafeiro do Alentejo português era considerado o cão mais velho do mundo, até morrer aos 31 anos e 165 dias. No entanto, o Livro de Recordes do Guinness está a investigar a idade de Bobi. Veterinários britânicos duvidam que tenha vivido o equivalente a 200 anos humanos.
Um porta voz do Livro de Recordes do Guiness partilhou ao jornal ‘The Guardian’ “Estamos cientes das questões relacionadas com a idade de Bobi e estamos a analisá-las”. Uma vez que, segundo os donos, este patudo viveu 31 anos e 165 dias o que é o equivalente a mais de 200 anos de vida ser humana, o que segundo Danny Chambers, veterinário e membro do conselho do Colégio Real de Cirurgiões Veterinários britânico, ‘(…) não é plausível, tendo em conta as nossas capacidades médicas atuais”. Acrescenta ainda, “Alegações extraordinárias requerem provas extraordinárias, e não foram apresentadas provas concretas sobre a idade”.
Mas não é o único a não acreditar, o veterinário dirige um grupo ‘Veterinary Voices’, que conta com 18 mil veterinários e segundo este “Nenhum dos meus colegas acredita que Bobi tinha de facto 31 anos. Somos uma profissão baseada na ciência, por isso, para que o Livro de Recordes do Guinness mantenha a sua credibilidade e autoridade aos olhos da profissão veterinária, é necessário que publiquem provas irrefutáveis.”
Andrew Knight parece ser dos poucos a acreditar na história, professor emérito de bem-estar veterinário, afirmou, ao mesmo jornal, que “houve outros cães muito velhos” ao longo da história. Para este seria útil comparar o Bobi com os outros casos antigos de cães mais velhos.
Segundo os donos, Bobi tem bons genes na linhagem: a mãe viveu até aos 18 anos, enquanto outro cão da família morreu com 22 anos. Antes de Bobi, era o chihuahua Spike o detentor do título de cão mais velho de mundo, com 23 anos e sete dias em 2022. O cão mais velho de que há registo era Bluey, da Austrália, que morreu em 1939, com 29 anos e cinco meses de idade.